Assistentes Sociais presentes nas discussões sobre o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero

Assistentes Sociais presentes nas discussões sobre o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero

As assistentes sociais Maris Tonon, Andréia Espíndola e Rosilene Aparecida da Silva Lima, e a estagiária de Serviço Social, Juliana Aparecida da Silva, participaram no último dia 10 de março de 2023, do Seminário Estadual de Enfrentamento das Violências contra as Mulheres: reflexões sobre o julgamento com perspectiva de gênero, um evento promovido pela Academia Judicial do PJSC.

É muito importante que as(os) profissionais do Serviço Social se debrucem a conhecer e estudar o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, considerando que as questões de gênero atravessam muitas das demandas do nosso cotidiano profissional no Sistema de Justiça.

A assistente social Andréia Espíndola, lotada na Comarca de Palhoça, compreende que um profissional com sensibilidade para questões de gênero consegue perceber que mães solo são sobrecarregadas, que no desacolhimento de uma criança ou de um adolescente, quando este reside apenas com mãe, também é preciso também chamar o pai a ter responsabilidades, a pagar no mínimo uma pensão alimentícia (considerando no cálculo dos Alimentos o chamado “capital invisível investido na maternidade”). Que quando ocorre uma violência patrimonial contra uma mulher num processo de divórcio, a situação também atinge seus filhos e filhas, e muitas vezes os avôs maternos destes. A assistente social lembra ainda que o Protocolo pontua que a Lei de Alienação Parental tem sido utilizada nas Varas da Família como uma forma de violência contra mulheres, crianças e adolescentes.

O desafio para a implantação do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero é grande considerando que as(os) profissionais que fazem parte do chamado Sistema de Justiça procedem de uma sociedade onde valores machistas e patriarcais são bastante arraigados. Contudo, é preciso que práticas sejam revistas, questionadas, bem como que o machismo que está dentro da subjetividade de cada um de nós seja desconstruído.


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